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1.º de maio - Trabalhadores em luta por direitos contra a perda de poder de compra


(da intervenção final)

Saudamos todos os que aqui e em mais 31 cidades do nosso país saíram à rua, os que hoje estão em greve e todos os que lutam neste 1º de Maio por mais salários, emprego com direitos, pela contratação colectiva e serviços públicos para todos, pela redução do tempo de trabalho, sem perda de retribuição para as 35 horas.


Saudamos os jovens que exigem o fim da precariedade e da instabilidade laboral que se transporta para a vida, que adia projectos, destrói sonhos e obriga muitos a procurar lá fora o trabalho com direitos e as remunerações que não encontram no nosso país.


Saudamos aqueles que trabalharam uma vida inteira, que exigem a melhoria das suas pensões e reformas, homens e mulheres que com a sua luta defenderam e conquistaram direitos que hoje o capital e quem o serve quer destruir.


Lembramos, 40 anos depois, os brutais acontecimentos do 1º de Maio no Porto (ontem evocados lá mesmo na Avenida dos Aliados) em que a polícia de choque, a mando do governo AD de então, assassinou dois camaradas e feriu centenas de pessoas e a grande resposta de luta, persistência e coragem dada pelos trabalhadores, numa demonstração que o sindicalismo de classe, a liberdade sindical e a CGTP-IN, não se verga às intimidações, por mais violenta que seja a acção das forças repressivas e as provocações.


Neste 1º de Maio, em Portugal e por todo o mundo, os trabalhadores saem à rua, afirmam a solidariedade que desde sempre marca este movimento sindical, dizem não à guerra na Europa, no Continente Americano, em África, no Médio Oriente, na Ásia e em todos os territórios onde os interesses da exploração são levados ao extremo da destruição!

Dizemos não à guerra, às sanções e aos bloqueios que só penalizam os povos, à corrida armamentista que ameaça a paz e só serve para engordar quem faz do negócio das armas uma forma de lucrar, enriquecer e reforçar o seu domínio.


Daqui lançamos a nossa solidariedade aos povos massacrados pela barbárie e afirmamos a nossa solidariedade com todos os que procuram no nosso país o refúgio que as armas e a miséria negam e que alguns insistem em manter e intensificar. Daqui lançamos a nossa solidariedade com os povos da Palestina, do Sahara Ocidental, da Ucrânia, do Iémen, da Síria, do Iraque, do Afeganistão, da Líbia, de Cuba, da Venezuela entre tantos outros.


Daqui lançamos o apelo aos trabalhadores de todos os países para que se unam contra a exploração, pela paz, por uma sociedade em que os seus direitos sejam respeitados e consagrados e o seu trabalho sirva o desenvolvimento e a realização de todos e não uma pequena minoria que usurpa em seu proveito o trabalho de milhões de seres humanos.


Em Coimbra

Em Viseu





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