Como era do conhecimento geral, o prazo para o governo publicar as vagas para progressão aos 5.º e 7.º escalões terminou em janeiro. Foi preciso esperar pelo final de agosto (31.08.2022) para que o governo fizesse sair o despacho respetivo. Apesar disso, e como se previa, o número de professores retidos aumentou 24,2% para 5677. Uma vergonha!
Como a FENPROF em tempo oportuno referiu, "as vagas para progressão aos 5.º e 7.º escalões são um mecanismo que, de forma injusta e discriminatória, o governo utiliza para impedir a progressão de milhares de professores na carreira docente".
Desta forma, "apesar dos anos de serviço cumprido mas não contabilizados, de uma avaliação injusta, agravada pelas quotas da avaliação, de os docentes do continente serem discriminados em relação aos seus colegas das regiões autónomas (quer pelas vagas, quer pelo tempo de serviço) e de a carreira docente ter sido sujeita a políticas que muito a desvalorizaram, o atual governo decide manter a obrigatoriedade de obtenção de vaga".
Assim, as vagas abertas ficam muito longe de garantir a satisfação das necessidades de centenas de docentes que estão a aguardar, desde janeiro de 2021 (mês em que cumpriram o módulo de tempo, foram avaliados, concluíram a formação contínua obrigatória e se submeteram a observação de aulas), a saída das vagas e subsequente realização do procedimento concursal do qual decorrerá a progressão.
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