A proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE25), não contém respostas aos problemas que todos os dias os trabalhadores e as populações sentem, nem a urgente defesa e melhoria dos serviços públicos, ao mesmo tempo que agrava o carácter injusto da política fiscal.
Tiago OLiveira, Secretário-geral da CGTP-IN voltou a lembrar que as velhas desculpas de que o país não aguenta um aumento mais significativo dos salários e das pensões são velhas cantigas que não convencem quem conhece a realidade.
Só no 1.º semestre de 2024 os grandes grupos financeiros receberam de benefícios fiscais mais de 1,8 mil milhões de euros. Desses, 50% foram para os cofres das empresas sem que os trabalhadores, que foram quem produziu a riqueza e gerou mais valias e maior produtividade, vissem alguma coisa a acrescer aos seus salários. Um escândalo!
Por outro lado, os salários em Portugal, a média de salários no nosso país afasta-se cada vez mais da média da União Europeia, representado agora cerca de 50% do valor médio na UE. Um escândalo!
O governo baixa o IRC às empresas, mas apoia aumentos salariais de pouco mais de 50,00 €, quando, só o crédito à habitação, nos últimos 3 anos aumentou 50%, atacando, principalmente os mais jovens que são os que têm salários mais baixos. Um escândalo!
Em Portugal, a exploração salarial e a perda de poder de compra têm sido temas de grande preocupação, sobretudo entre os trabalhadores que enfrentam uma situação financeira cada vez mais difícil e problemática. A escalada dos preços e a inflação, que não tem sido acompanhada por aumentos salariais proporcionais, têm deteriorado o poder de compra da classe trabalhadora, dificultando o acesso a necessidades básicas e agravando as desigualdades sociais.
Neste contexto, os trabalhadores têm-se revoltado contra a situação, exigindo condições de trabalho e remunerações mais justas. Este cenário tem levado à intensificação das lutas e da ação reivindicativa, organizadas pelos sindicatos representativos dos vários stores do trabalho, no setor público e privado. A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN), principal central sindical em Portugal, tem estado na linha de frente destas mobilizações. A organização exige melhores salários e pensões, melhores condições de trabalho e o combate à precariedade que afeta grande parte da força de trabalho no país.
A CGTP-IN argumenta que o crescimento dos lucros empresariais não tem sido repartido com os trabalhadores, contribuindo para o aumento da exploração salarial e para o agravamento das condições de vida da população trabalhadora. Como resposta, a central tem apoiado e promovido greves, manifestações e outras formas de luta coletiva, exigindo do governo e das empresas uma distribuição mais equitativa da riqueza e uma atualização dos salários que acompanhe o custo de vida.
Nas ruas gritou-se por Paz, Pão, Habitação, Saúde, Educação!
Cresce a revolta, na exacta medida da indignação.
A luta continua!
Fotos de Luís Lobo e Carlos Diz
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