O Sindicato dos Professores da Região Centro, através do seu Departamento de Professores Aposentados, realizou um debate sobre mais um importante tema, aberto a todos os interessados, particularmente reformados da área da União de Sindicatos de Coimbra.

Dirão alguns que, no actual contexto, pegar neste tema e tratar problemáticas como a da legalização da prostituição numa linguagem desmistificadora de algumas ideias que a defendem, não é importante. Pois, mas é na sua abordagem que nos preparamos para nos confrontarmos, nós próprios com as ideias feitas que podemos ter sobre este problema.

Desta vez, como já foi dito e o título desta notícia clarifica, e tal como ficou inscrito no Plano de Atividades para 2020, o tema foi "Prostituição e violência: graves problemas sociais".

Foi numa tarde cinzenta, chuvosa e fria, que o debate se realizou, não sendo, por isso, de estranhar que, ao contrário do que já aconteceu em outras iniciativas organizadas pelo Departamento de Professores Aposentados do SPRC, o número de participantes pouco tenha ultrapassado as duas dezenas. E foi pena porque a brilhante e corajosa participação e conferência de Sandra Benfica, membro do Secretariado e do Conselho Nacional do Movimento Democrático de Mulheres (MDM), foi muito útil, organizada e clarificadora para tratar assuntos como os da legalização da prostituição, da prostituição enquanto forma de escravatura incompatível com a dignidade e com os direitos humanos fundamentais, da legalização dos mecanismos de opressão, exploração e violência sobre as mulheres.

Questões colocadas e tratadas com a frontalidade que lhe é reconhecida, em mais uma iniciativa que corresponde à abordagem corajosa deste departamento do SPRC que, sem teias de aranha no pensamento, nem papas na língua nas suas acções têm procurado marcar, de forma irreverente, a agenda do debate de questões políticas e sociais.

Estas iniciativas, embora organizadas pelo Departamento de Professores Aposentados integram-se na acção sindical geral do SPRC e são, por isso, abertas a todos os interessados: docentes e investigadores (no activo ou aposentados) e não docentes, bem como ao público em geral.