Tem sido forte, diversificada e envolvente a luta dos professores pela sua profissão. As razões justificam-no. Hoje, no distrito de Coimbra a greve começou bem com uma boa concentração de cerca de uma centena de professores, às 12H00 na ES Avelar Brotero e que vai prosseguir com uma concentração distrital, na Praça da República, às 15H00. A greve regista uma boa adesão na ordem dos 85%.
Os professores estão determinados a prosseguir a sua luta por Respeito pela sua Profissão e pela qualidade da Escola Pública.
A forma como o governo tem encarado os problemas que este e outros governos provocaram ou agravaram é a prova inequívoca da desvalorização que faz do papel social dos docentes e dos resultados importantes que a Escola e a Educação podem provocar no desenvolvimento social, cultural, económico e cívico do país. No entanto, os docentes portugueses decidiram não parar até que exista uma plataforma de resultados positivos dos processos negociais já iniciados e ainda por realizar.
Trata-se, provavelmente, do processo mais longo e duro por que passaram a maior parte dos professores portugueses, que, para mais, vive pejado de interferências e aproveitamentos políticos alheios aos interesses justos e realistas dos professores portugueses. É disso exemplo a luta pela contagem integral do tempo de serviço. O ministro da Educação não pode afirmar à mesa das negociações que reconhece razão para o descontentamento dos docentes e, depois, não ter capacidade nem peso político para fazer valer essa posição.
Por outro lado, o primeiro ministro não pode continuar a usar a mentira descarada sobre os custos dessa contagem integral, quando, feitas as contas, por organizações e órgãos de comunicação social, se sabe, já, que o problema é facilmente resolvido e que a despesa a que os cofres do estado se sujeitariam, mesmo assim, é facilmente revertida dentro de três ou quatro anos.
Por isso, nós não iremos parar com uma luta que vem já de 2018, quando foi descongelada a progressão na carreira, mas não foi contado o tempo perdido com esse descongelamento. A luta continua, nas escolas e na rua! Não paramos! Não paramos!
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