PROFESSORES EM LUTA. PROTESTO CRESCE!
Fotos: Catarina Oliveira, Névia Vitorino, Luis Lobo, Machado e Carlos Diz
45 mil assinaturas contra a contratação por diretores ou outras entidades locais entregues no ME
No primeiro dia de aulas do segundo período do ano letivo 2022/23, a FENPROF entregou no Ministério da Educação 45 mil assinaturas de professores e educadores contra a contratação direta por diretores ou outras entidades locais. Cá fora, na avenida Infante Santo, cerca de um milhar de professores e educadores exigiram respeito. Respeito pela carreira. Respeito pelos horários e condições de trabalho. Respeito pelo tempo de serviço prestado. Respeito pelos alunos. Respeito pela Escola Pública.
Como sublinhou o Secretário-geral da FENPROF "é de pequenino que se torce o pepino" e, antes que o projeto do novo decreto-lei seja sequer redigido, os professores quiseram demonstrar claramente ao ME aquilo que não estão dispostos a aceitar, reafirmando que a graduação profissional deverá ser o único critério a ser considerado para efeitos de colocação de professores.
A delegação da FENPROF foi recebida pelos chefes de gabinete do ministro e do secretário de Estado da Educação a quem recordou o calendário de luta previsto para os próximos meses, caso o ME não abandone as suas intenções para a revisão do regime de concursos nem aceda a abrir processos negociais sobre outras matérias previstas na proposta de Protocolo Negocial entregue pela FENPROF já em agosto passado.
Assim, na próxima sexta-feira, dia 6 de janeiro, as 8 organizações sindicais - ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU - irão entregar os 18 pré-avisos de greve, um para cada dia e para cada distrito de Portugal Continental que irão estar em protesto entre 16 janeiro e 8 de fevereiro. A 10 de janeiro, termina o prazo para o ministro responder às duas solicitações dos sindicatos que irão acampar à porta do ministério, disponíveis 24 horas por dia para receberem a resposta do ME. Se essa resposta não chegar, tem início a greve por distritos e, a 11 de fevereiro, a Manifestação "Em defesa da profissão docente!".
NO JORNAL PÚBLICO, HOJE
Fenprof vai entregar 18 pré-avisos de greve, por cada distrito
Para o encontro, a Fenprof levava duas exigências, repetidas nos últimos meses: fazer o ME recuar nas suas intenções para o regime de concursos e abrir processos negociais para resolver problemas que têm vindo a desvalorizar a profissão.
“Se mantiverem [a posição actual], a luta continua e, com certeza, mais forte. Se alterarem, vamos ver que tipo de alterações são feitas, mas também deixámos claro que os professores estão aqui hoje, porque ‘É de pequenino que se torce o pepino’ e não é mais tarde, quando o projecto de decreto-lei já estiver devidamente formatado, que nós o vamos conseguir alterar”, explicou Mário Nogueira.
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