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Professores em protesto na receção ao ministro da Educação em Coimbra

ATRASOS NA PREPARAÇÃO DO ANO LETIVO



O Ministro da Educação deslocou-se esta manhã a Coimbra para uma reunião com Diretores de escolas e de agrupamentos de escolas e foi recebido por dezenas de professores em protesto que entregaram a João Costa uma carta onde lembram algumas das reivindicações que ainda não obtiveram resposta por parte do ME, juntamente com a Carta Aberta enviada pelas nove organizações sindicais a 12 de junho.

Francisco Gonçalves, Secretário-geral Adjunto da FENPROF, lembrou que esta reunião decorre numa altura em que as medidas e ações que venham a ser anunciadas já deveriam estar a decorrer, pelo que este atraso na preparação do ano letivo obrigará alguns professores a passarem o período de férias a trabalhar. Porém, este é também o momento em que existe um enorme atraso na saída dos resultados dos concursos, bem como do procedimento concursal da Mobilidade por Doença.


As escolas não sabem, então, com o que contam.


Tendo em conta a situação presente de ainda desenvolvimento de processos de discussão com o ME (pois negociação pouca se vê), de notar que o ministro, confrontado por uma delegação da FENPROF (Francisco Gonçalves, Manuela Mendonça e Anabela Sotaia) afirmou que ainda se realizaria uma reunião na próxima semana, desconhecendo-se se inclui os assuntos que são as maiores preocupações dos docentes.


Na declaração feita por Francisco Gonçalves aos órgãos de comunicação social presentes, foi referido que as nove organizações sindicais que estão unidas nesta luta, defendem a continuação das ações de pressão sobre o ME e o governo, de forma a se garantirem as condições para o desenvolvimento de efetivos processos negociais.


Respondendo à acusação de que os sindicatos pretendiam resolver em seis meses problemas que têm mais de 20 anos, o Secretário-geral Adjunto chamou a atenção para que o que se propõe é o estabelecimento de um protocolo negocial que dure a legislatura, permitindo o agendamento de cada negociação sobre a resolução de cada problema, de forma a tornar a profissão atrativa e, através disso, captar novos professores e fazer regressar aqueles que a deixaram.

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