No dia 30 de maio, realizou-se uma reunião de todas as organizações sindicais da Plataforma pela Profissão Docente, a qual reune 9 organizações, integrando, por isso, a FENPROF. Foi uma reunião importante para fazer o balanço do relacionamento institucional com o ME e do processo de luta que tem mantido os docentes persistentemente interventivos.
Realizou-se um dia após a Caravana que atravessou o país de norte a sul, pela Estrada Nacional n.º 2 (EN2). Neste percurso, foram feitos inúmeros contactos, naturalmente com centenas de docentes, mas também com muitos alunos, encarregados de educação e população em geral. Uma iniciativa que deixou visivelmente satisfeitos quem acompanhou a totalidade do percurso, pois, no caminho, o que se testemunhou foi o entusiasmo e a coragem com que milhares de docentes estão neste processo longo e duro de luta.
Às 12:00 horas de dia 30, os sindicatos apresentaram-se perante a comunicação social para dar a conhecer as decisões tomadas em relação ao prosseguimento da luta, responsabilizando o governo e o ministério da educação pela situação a que se chegou.
Mário Nogueira recordou: "tudo fizemos para não termos de chegar ao final do ano letivo, que é um período sensível do ano escolar, em luta".
No entanto, os professores e educadores chegam a esta altura sem soluções para os problemas, sem negociações sérias por parte do ME e cujos resultados, na maioria dos casos, acabaram por criar ainda mais problemas, como foi o caso da mobilidade por doença, do regime de concursos e do designado "corretor de assimetrias" provocadas pelo congelamento do tempo de serviço.
Assim, a continuidade da luta dos professores é inevitável e o próximo grande momento terá que ser na data irrepetível e altamente simbólica para os professores de 6 de junho de 2023 - 6/6/23. Em 6/6/23, terá que haver uma grande greve de professores e educadores, para a qual não foram requeridos serviços mínimos, e duas grandes manifestações: uma de manhã, no Porto, e outra à tarde, em Lisboa.
Mário Nogueira adiantou, ainda, que para esta greve, que se inicia às 0 horas e se prolonga até às 24:00 horas, está abrangido todo o serviço distribuído, sejam, aulas, componente não letiva ou vigilâncias às. provas de aferição, entre outras.
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