1 de junho – Dia Mundial da Criança: passar das palavras aos atos! Exige-se ação: educação pública gratuita, inclusiva e com qualidade!
- Luis Manuel Santos Lobo
- há 13 minutos
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Em 1 de junho comemora-se o Dia Mundial da Criança. A FENPROF recusa a hipocrisia dos discursos oficiais que falam em direitos, enquanto negam o essencial: uma educação pública que garanta a todas as crianças igualdade de oportunidades, dignidade e futuro.
É com base nesta recusa que a FENPROF reclama que se ponha fim a tantas palavras ocas. Exigimos medidas concretas, já!
Creche gratuita na rede pública para todas as crianças. O acesso à educação não pode depender da conta bancária dos pais, mas sim da assunção pelo Estado da sua função de prestador neste domínio que, no plano das suas responsabilidades sociais, é fundamental e deve ser uma prioridade. Continuar a empurrar as famílias para soluções privadas é perpetuar desigualdades e negar um direito fundamental.
Professores para todas as crianças, em todas as escolas. Continuam a faltar milhares de docentes. A precariedade, os baixos salários e as condições de trabalho insustentáveis afastam quem pode ensinar. Como pode o país falar de qualidade na Educação se não garante sequer os professores necessários? É urgente conferir a necessária atratividade ao exercício da profissão docente.
Uma escola verdadeiramente inclusiva exige recursos reais. Psicólogos, técnicos especializados, apoios pedagógicos eficazes, turmas com dimensão humana – tudo isso continua a faltar. A “inclusão” sem meios é um engano, uma fraude. O país tem essa obrigação com cada uma das suas crianças e com a sociedade em geral.
Condições de trabalho dignas para professores e alunos. Há escolas em degradação, salas geladas no inverno e sufocantes no verão, cargas horárias absurdas, falta de pessoal não docente. Falar em bem-estar das crianças, enquanto se abandonam as escolas, é mentir ao país.
Neste 1 de Junho, a FENPROF declara: quem nega às crianças o acesso pleno à educação pública está a negar-lhes o futuro.
Não aceitamos mais adiamentos, nem pactuamos com políticas que empurram a escola pública para a degradação. Estaremos onde sempre estivemos: na linha da frente da luta por uma Escola Pública que respeite, proteja e valorize cada criança – e quem nelas entrega a sua vida a educar.
A infância não espera. Os seus direitos não se suspendem. A FENPROF exige respeito, justiça e ação.
O Secretariado Nacional
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