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"O tempo a quem o trabalhou"


À entrada na reunião de negociação que se realiza esta manhã (17 de fevereiro), o Secretário-geral da FENPROF disse aos jornalistas não ter ficado surpreendido com as declarações do Primeiro-ministro e voltou a afirmar que os professores não irão abdicar da contagem do tempo de serviço congelado e que não foi recuperado.

Mário Nogueira lembrou que, já em 2019, o PM ameaçou com a demissão do governo caso a AR contasse o tempo de serviço aos professores e que António Costa chegou a dizer que ou havia dinheiro para a recuperação do tempo de serviço dos professores ou para as obras no IP3. No entanto, quatro anos passados, nem requalificação do IP3, nem tempo de serviço dos professores. Por isso, "já ficamos com a ideia de que temos um primeiro-ministro que não é muito sério nas declarações que faz".

E quanto à eventual nova ameaça de demissão, Mário Nogueira lembrou que na política não há messias nem "Dons" Sebastião. Essa é uma decisão que a ser tomada pertence ao próprio e haverá quem venha para assumir o cargo. Agora, os docentes é que não podem ser reféns de ameaças, serviços mínimos ilegais ou tentativas ilícitas de dissuadir os professores de lutar.


Os professores não desistem! E sem recuperação do tempo de serviço não haverá acordo.


Os professores responderam com centenas de concentrações nas suas escolas em 15 e 17 de fevereiro, como comprovam as muitas imagens que testemunham a sua grande disponibilidade para continuar a lutar, mesmo apesar dos serviços mínimos.


Hoje à tarde realiza-se na DGAEP uma reunião para discutir a aplicação de serviços mínimos em 2 e 3 de março os quais seriam ilegais se viessem a concretizar-se. A FENPROF tem 3 acórdãos (um do tribunal da relação de Lisboa e dois do Supremo) de 2018 que afirmam a ilegalidade da definição de serviços mínimos na educação, naquele caso até se aplicando a uma greve a exames e avaliações. Está por isso convicta de que estes serviços mínimos não virão a ser decretados.

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