O SPRC e a FENPROF têm vindo a denunciam as precárias condições de trabalho no ensino privado, alertando para a existência de práticas que desvalorizam os profissionais e colocam em causa a qualidade do ensino. Muitos docentes do setor privado enfrentam salários abaixo dos praticados no setor público, vínculos precários, horários ainda mais sobrecarregados e ausência de estabilidade contratual. Em várias instituições, o desrespeito pelos direitos laborais é evidente, com imposição de cargas letivas excessivas, desregulação do tempo de trabalho e falta de transparência nos processos de avaliação e progressão.

Sendo esta uma área de emprego possível para os jovens professores, importa ter consciência das condições referidas e também ter presente que a melhoria das condições de exercício no ensino privado vai sempre depender da capacidade de luta dos seus professores e educadores. Decisiva, neste domínio, será a luta conjunta com outros trabalhadores para exigir a revogação das normas do Código de Trabalho que foram alteradas para bloquear a contratação coletiva e desequilibrar profundamente a força negocial a favor dos patrões. É pela contratação coletiva que são estabelecidas as condições de exercício e reconhecimento dos docentes que trabalham ensino privado.

O SPRC/FENPROF reivindica a equiparação das condições de trabalho entre o setor público e privado, bem como a valorização da carreira docente em todas as modalidades de ensino.