A Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 e a FENPROF irão promover a contrainauguração da obra do IP3, com uma certeza “Nem carreira docente reposta, nem IP3 requalificado!”
Completam-se 4 anos, em 2 de julho, que o Primeiro-ministro António Costa anunciou em Penacova (em Alto das Lamas), na enésima “cerimónia de croquetes e propaganda”, o Lançamento da Empreitada da 1ª fase de requalificação do IP3 e o Lançamento do Projeto da 2ª fase que previa a Duplicação/Requalificação de Fornos/Souselas (IC2) ao Nó de Viseu (A25). Anunciou-se um investimento de 134 milhões de euros para uma obra que devia estar terminada em 2022 e que, de acordo com o Primeiro-ministro, obrigava o governo a optar entre a requalificação do IP3 e a recomposição da carreira docente. Passados 4 anos, os utentes, entre os quais também se contam muitos professores que precisam do IP3 para a sua vida diária, confirmam que a obra está quase toda por fazer, que os transtornos daí decorrentes se prolongam no tempo e que os índices de sinistralidade continuam a ser elevados. Do projeto então anunciado, apenas foi executada a 1ª fase, adjudicada por 11 847 000€, ou seja, menos de 10% do valor previsto para toda a obra. Entretanto, admitindo que possa existir uma ideia errada sobre os motivos de tão baixo investimento na requalificação do IP3, os professores garantem: a não realização das obras não se deve a qualquer investimento do governo na sua profissão, cuja carreira se mantém com um corte de tempo de serviço entre os seis anos e meio e os dez e consequentes perdas salariais anuais de vários milhares de euros per capita. Juntando estas duas razões e coincidindo nas exigências de solução, a Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 e a FENPROF irão promover uma ação de denúncia e protesto, no próximo dia 2 de julho, sábado, assinalando o 4º aniversário dos célebres anúncios. A ação passará pela contrainauguração da obra do IP3. Esta contrainauguração terá o seu início às 11:00 horas, no local da Espinheira. Para além das velas de aniversário, contará com o contradiscurso do Senhor contra-Primeiro-ministro, os esclarecimentos de representantes das organizações promotoras do evento e o inevitável cortar de fita, para além da envolvente realização de outros atos normalmente associados a este tipo de cerimónias! Inaugurada a obra, seguir-se-á a visita ao IP3, especialmente ao troço Espinheira-Souselas, em caravana automóvel, a velocidade que permita apreciar devidamente o que foi feito – com destaque para a instalação do novo radar no início da descida do Botão. Poderão ocorrer, no decurso da marcha, algumas buzinadelas de utentes que decidam manifestar o seu contracontentamento, quiçá, contra-agradecimento pelo que forem observando! Paralelamente, será distribuído aos utentes um documento com a síntese das reclamações das entidades organizadoras, relativamente às condições e prazos de requalificação e duplicação do IP3, bem como à necessidade de recompor uma carreira e um estatuto remuneratório que em menos de duas décadas se desvalorizou cerca de 30%, sendo uma das principais causas da situação, hoje bem conhecida, de falta de muitos professores nas escolas. Apresentado o programa e as suas razões, convidamos os/as Senhores/as Jornalistas a acompanharem este contraevento. A Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 A FENPROF - Federação Nacional de Professores
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